terça-feira, 29 de junho de 2010

Grupo Santa Helena

Grupo Santa Helena

Grupo Santa Helena foi o nome atribuído pelo crítico Sérgio Milliet aos pintores que, a partir de meados da década de 1930, se reuniam nos ateliês de Francisco Rebolo e Mario Zanini. Os ateliês estavam situados em um edifício da Praça da Sé, na cidade de São Paulo, denominado "Palacete Santa Helena". Este prédio foi demolido em 1971, quando da construção da estação do Metrô da Sé.
O Grupo Santa Helena formou-se de maneira espontânea, sem maiores pretensões e nenhum compromisso conceitual. A maioria era formada por imigrantes italianos, como Alfredo Volpi e Fúlvio Penacchi; ou filhos de imigrantes italianos como Aldo Bonadei, Alfredo Rizzotti, Mario Zanini e Humberto Rosa; ou espanhóis, como Francisco Rebolo; ou portugueses, como Manuel Martins.
Eram todos de origem humilde e, para sobreviver, exerciam atividades artesanais e proletárias. Rebolo, Volpi e Zanini eram decoradores-pintores de paredes; Clóvis Graciano era ferroviário; Fulvio Penacchi era dono de açougue; Aldo Bonadei era figurinista e bordador; Rizzotti era mecânico e torneiro; Manuel Martins era ourives; Rebolo era jogador de futebol; e Humberto Rosa e Pennacchi eram professores de desenho. A pintura era praticada nos fins de semana ou nos momentos de folga.
A maior parte deles freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios ou a "Escola Profissional Masculina do Brás". Porém, conscientemente ou não, reduziam esse aprendizado às técnicas de pintura e desenho e não às orientações acadêmicas de ordem formal.
Nessa época, algumas associações de pintores foram constituídas em São Paulo, como a Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam) e o "Clube dos Artistas Modernos" (CAM), englobando os participantes da Semana de 22. Esses grupos eram formados por intelectuais e membros da Elite paulista, que mantinham enorme distância em relação aos integrantes do Santa Helena e de outros núcleos proletários, dos quais tinham pouco ou nenhum conhecimento.
A união do grupo, que perdurou por muitos anos, pode ser explicada como reação ao enorme preconceito existente em relação aos imigrantes pobres, por parte não só das elites formadas por famílias brasileiras, mas também por parte dos imigrantes que já tinham feito fortuna no Brasil.Esse preconceito ficou evidente em inúmeras críticas que surgiram ao trabalho do Grupo, principalmente quando eles começaram a despertar a atenção e a ameaçar posições já definidas.
Com exceção dos que já tinham estudado na Europa, como Pennacchi, Rizzotti e Bonadei, o contato dos integrantes do Grupo com a produção artística de lá era bastante precário e obtido com professores no Brasil. Bonadei estudou com Pedro Alexandrino, Antonio Rocco e Amadeo Scavone; Graciano foi aluno de Waldemar da Costa e Zanini estudou com Georg Elpons.
A perseverança do Grupo, que continuava na luta pela sobrevivência, despertava o interesse e acolhia novos amigos e parceiros. Assim, com o tempo, o local passou a ser o ponto de encontro de muitos outros artistas.
O mérito maior do Grupo Santa Helena foi ter revelado alguns dos mais importantes artistas plásticos brasileiros do século XX.

Exposições

Em 1937 foi realizada uma exposição da chamada "Família Artística Paulista", agregando um conjunto de artistas e incluindo todo o Grupo Santa Helena que, desse modo, apresentaram seus trabalhos ao público pela primeira vez. A partir daí, o Grupo tornou-se conhecido e despertou o interesse de Mário de Andrade, que neles identificou uma "escola paulista".
Em 1940, a "Exposição de Pintores Franceses", apresentando Cézanne, Picasso, Braque e Gris, dentre outros, causou enorme impacto e começou a redirecionar os caminhos de vários integrantes do Grupo, e a distanciá-los na temática ou nos aspectos formais.

Movimento Antropofágico .

O movimento antropofágico foi uma manifestação artística brasileira da década de 1920.

Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald de Andrade, o movimento antropofágico (canibalismo) brasileiro tinha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como a norte americana e européia e do outro interno, a cultura dos ameríndios, dos afrodescendentes, dos eurodescendentes, dos descendentes de orientais, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada. Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.

Tem como a principal obra a pintura Abaporu de Tarsila do Amaral.

Oswald de Andrade ironizava em suas obras a submissão da elite brasileira aos países desenvolvidos. Em 1928, lançou com Tarsila do Amaral o Manifesto Antropófago, que propunha a "Devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação".

Ao mesmo tempo, intelectuais como Menotti del Picchia e Plínio Salgado seguiam outro rumo. Com tendências nacionalistas, fundaram o Movimento Verde-Amarelo.

Muralismo

Outro Nome: Muralismo Mexicano
Definição:


O termo refere-se à pintura mexicana da primeira metade do século XX, de feitio realista e caráter monumental. A adesão dos pintores aos murais de grandes dimensões liga-se diretamente ao contexto social e político do país, marcado pela Revolução Mexicana de 1910-1920. Após 30 anos de ditadura militar, o movimento revolucionário - ancorado na aliança entre camponeses e setores urbanos, entre eles, intelectuais e artistas - projeta uma nação moderna e democrática, cujos alicerces repousam no legado das antigas civilizações pré-colombianas e na instituição de um Ministério da Cultura, dirigido pelo escritor José Vasconcelos. A política cultural do novo ministério tem como eixos o combate ao analfabetismo e a renovação cultural. O programa de pinturas de murais, narrando a história do país e exaltando o fervor revolucionário do povo, adquire lugar destacado no projeto educativo e cultural do período. Nos termos de Diego Rivera (1886-1957), um dos principais expoentes do muralismo mexicano, a arte "é uma arma", um instrumento revolucionário de luta contra a opressão. Os muralistas retomam de perto a produção gráfica de José Guadalupe Posada (1852-1913), engajada na crítica à ditadura militar de Porfírio Días (1876-1911).
O movimento da pintura mural no México se apóia em alguns pontos centrais. Antes de mais nada, a arte deve ter alcance social, isto é, deve ser acessível ao povo. Daí o descarte da pintura de cavalete e a opção pelos murais, de caráter decorativo e/ou comemorativo, que ocupam os lugares públicos, rompendo com os círculos restritos de galerias, museus e coleções particulares. Do ponto de vista da construção de um repertório original, os artistas mobilizam fontes díspares: as antigas culturas maia e asteca, a arte popular e o folclore mexicano do período colonial, aliados às contribuições das modernas correntes artísticas européias, sobretudo o
expressionismo alemão e as vanguardas russas. Os artistas visam romper com a arte acadêmica, tal como praticada no século XIX, e criar uma arte original, ao mesmo tempo moderna - tributária das conquistas das vanguardas do começo do século XX - e autenticamente mexicana. Essas preocupações comuns foram trabalhada de modos diversos pelos pintores do grupo. Rivera, o mais célebre deles, reedita a pintura em afresco nos murais que realiza. Seus painéis - de forte cunho didático, comprometidos com uma crítica vigorosa ao capitalismo e com a projeção de ideais revolucionários e socialistas - estão repletos de figuras e acontecimentos, em que se combinam temas modernos e motivos tradicionais. Os 27 painéis pintados como afrescos do Instituto de Artes de Detroit, entre 1932 e 1933 (A Fábrica de Detroit), sintetizam suas preocupações centrais. Aí, elementos nacionais e das antigas culturas mexicanas convivem com o mundo da indústria e do trabalho fabril. As grandes figuras nuas recostadas no topo - tipos físicos nacionais representados como divindades antigas - pairam sobre o universo da indústria, das máquinas e engrenagens, representados na parte inferior. Nos murais realizados para diversos edifícios públicos na Cidade do México, por sua vez, observa-se o seu compromisso em construir narrativas históricas e alegóricas sobre o país (por exemplo, A Execução do Imperador Maximiliano, do Ciclo da História do México, 1930-1932, no Palácio Nacional).
Enquanto o aprendizado artístico de Rivera passa por uma estada na Europa - o
cubismo de Juan Gris (1887-1927) e Pablo Picasso (1881-1973), os contatos com Fernand Léger (1881-1955), com o fauvismo e com Amedeo Modigliani (1884-1920) -, o de José Clemente Orozco (1883-1949) relaciona-se à permanência nos Estados Unidos, entre 1917 e 1919. Imediatamente após a Revolução de 1910, Orozco realiza os desenhos intitulados O México em Revolução, com vistas a fornecer às massas elementos para a compreensão da guerra. O estilo direto e caricatural das primeiras obras (por exemplo, Maternidade e Os Ricos Banqueteiam-se Enquanto os Trabalhadores Lutam, realizados para a Escola Preparatória Nacional entre 1923 e 1924) dá lugar a uma dicção mais monumental e de tom simbolista nos afrescos de 1926 para a Casa dos Azulejos e para a Escola Industrial de Orizaba. David Alfaro Siqueiros (1896-1974) encontra no surrealismo uma de suas principais inspirações. Nos seus murais (Morte ao Invasor, 1941-1942), observa-se o uso de cores vibrantes e a combinação de realismo e fantasia. Rufino Tamayo (1899-1991), embora tenha realizado murais, afasta-se das orientações político-ideológicas mais diretas, preferindo naturezas-mortas, retratos e animais. Frida Kahlo (1907-1954) não pode ser classificada como muralista, mas aproxima-se do grupo em 1928, sobretudo em função de seu casamento com Rivera.
O muralismo mexicano repercute nos Estados Unidos (na arte pública do New Deal, dos anos de 1930, por exemplo) e em toda a América Latina. No Brasil, influências do muralismo mexicano podem ser sentidas na obra de Di Cavalcanti (1897-1976), Candido Portinari (1903-1962). Este último associa a pesquisa de temas nacionais, com forte acento social e político em trabalhos como Mestiço (1934), Mulher com Criança (1938) e O Lavrador de Café (1939). Nas décadas de 1940 e 1950, o artista realiza diversos projetos para painéis: Catequese dos Índios (1941), para a Library of Congress [Biblioteca do Congresso] em Washington D.C., Jangada do Nordeste (1953) e Seringueiro (1954), encomendados pelos Diários Associados.

Núcleo Bernardelli


O Núcleo Bernardelli foi um grupo de pintores modernistas brasileiros. Foi fundado em 12 de junho de 1931, com o objetivo de criar uma alternativa para o ensino oficial da Escola Nacional de Belas Artes, enfatizando a liberdade de expressão artística. O nome do grupo foi escolhido em homenagem aos irmãos Rodolfo Bernardelli e Henrique Bernardelli, que também fundaram um curso independente no final do século XIX.

Sua primeira sede foi no atelier fotográfico de Nicolas Alagemovitz, e depois passou a funcionar nos porões da ENBA até 1936, quando mudou-se para a Rua São José e depois para a Praça Tiradentes, n. 85, até dissolver-se em 1941.

O Núcleo buscou antes criar um espaço de convivência, estímulo mútuo e discussão livre do que reformar a linguagem da pintura, embora tenham sofrido influência do construtivismo de Cézanne, do Cubismo e do Impressionismo. Seus integrantes, dos quais muitos se notabilizaram no cenário artístico brasileiro, expuseram em cinco salões próprios entre 1932 e 1941. Seus nomes:

♦ Ado Malagoli
♦ Bráulio Poiava
♦ Bustamante Sá
♦ Bruno Lechowski
♦ Eugênio de Proença Sigaud
♦ Expedito Camargo Freire
♦ Joaquim Tenreiro
♦ Manoel Santiago
♦ Quirino Campofiorito
♦ João José Rescála
♦ José Gomez Correia
♦ José Pancetti
♦ Milton Dacosta
♦ Manoel Santiago
♦ Yoshiya Takaoka
♦ Yuji Tamaki e outros

Manifesto Pau-Brasil


O Movimento Pau-Brasil foi um movimento lançado em 1924 por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que apresentava uma posição primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil e que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às viagens que Oswald fazia a Europa.

Esse movimento foi levado ao público com a publicação do livro Pau-brasil escrito por Oswald de Andrade e ilustrado por Tarsila do Amaral (os dois eram casados) e com o Manifesto da poesia Pau-Brasil.

O movimento exaltava a inovação na poesia, o primitivismo e a era presente, ao mesmo tempo em que repudiava a linguagem retórica na poesia. Convivem dialeticamente o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita, sendo ideologiacamente a raiz do Movimento Antopofágico.

Estilisticamente, é principalmente representado por Poesia Pau-Brasil de Oswald e pela poesia do francês Blaise Cendrars, ambos com inspiração na estética cubista do texto "A anti-tradição futurista" de Guillaume Apollinaire.
Imagem: Obra Abaporu - Tarsila do Amaral

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dadaísmo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Surrealismo



Introdução:

Este trabalho tem com objetivo abordar o movimento surrealista, sua origem, suas características, o auge do movimento e os principais artistas que fizeram parte desse movimento, como muitos artistas participaram desse movimento vamos ressaltar os que mais se destacaram, que são: Joan Miró, Marc Chagall, e Salvador Dalí. Vamos falar da vida desses gênios do surrealismo, como foi a vida deles com um breve resumo desde seu nascimento ate sua morte, suas obras e o auge de suas carreiras no meio artísticas.
Esse é um trabalho feito com base em pesquisas feitas em sites seguros e variados para obter o maior número de informações possíveis, espero que atenda todos os requisitos de avaliação.


Joan Miró:

Joan Miró i Ferrà foi um importante escultor e pintor espanhol, nasceu em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893. Apesar da insistência do pai em vê-lo graduado, não completou os estudos. Freqüentou uma escola comercial e trabalhou num escritório por dois anos até sofrer um esgotamento nervoso. Em 1912, seus pais finalmente consentiram que ingressasse numa escola de arte em Barcelona. Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. Miró trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. Em sua pintura e desenhos, tentou criar meios de expressão metafórica, ou seja, descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e surrealistas. De 1915 a 1919, Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou paisagens, retratos e nus. Depois, viveu em Montroig e Paris alternadamente. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os elementos figurativos ressurgiram em suas obras.
Na década de 1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Fez cenários para balés, e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística desse período. No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebre "Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra. A partir de 1948, Miró mais uma vez dividiu seu tempo entre a Espanha e Paris. Nesse ano iniciou uma série de trabalhos de intenso conteúdo poético, cujos temas são variações sobre a mulher, o pássaro e a estrela. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica altamente elaborada, e esse contraste também aparece em suas esculturas. Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países. Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983 aos 90 anos. É considerado um dos maiores representantes do surrealismo.

Obras:

Miró é classificado entre os surrealistas, mas a sua linguagem parece dotada de uma simplicidade mais infantil que não caracteriza exatamente os surrealistas. Entretanto, é preciso muitas vezes compreender o que deseja o autor para poder visualizar melhor a pintura. A mente de Miró mostrou-se muito criativa ao longo de sua vida. Durante os seus estudos de arte treinava, por orientação dos seus professores, a desenhar objetos que conhecia apenas através do tato. De olhos vendados, lhe era dado um objeto e depois então o desenhava para libertar-se da aparência real das coisas. Também treinava pintando paisagens gravadas na mente. Ia a um lugar, observava e depois voltava para o atelier para começar a trabalhar. Talvez esses exercícios, somados a uma tendência natural, tenham feito de Miró uma mente privilegiada. Miró procurava mostrar a realidade de uma forma simplificada, quase infantil, simbólica, sem a complexidade e o mistério de um surrealismo tipo Salvador Dali ou René Magritte, mas isso é por si mesmo, cheio de uma profundidade que ele não enfatizou. Essa forma interpretativa através de símbolos preenche completamente grande parte dos seus quadros, onde tudo é mostrado unicamente através de traços, símbolos e sugestões. Para compreender Miró é preciso imaginação, mas isso não o diferencia da maior parte dos artistas. Não há como compreender verdadeiramente as coisas sem um pouco de imaginação e criatividade, especialmente se estivermos falando de arte, essa coisa sem limite e sem regras universais. Alguns quadros não foram feitos para se ver, mas para se viver. Na última fase parecia predominar a ausência de cores em seus trabalhos, dedicando grande espaço ao preto e ao branco. Interessante esse aspecto e ficamos pensando se isso deveu-se a problemas visuais, comuns na idade muito avançada. O artista trabalhou também com cerâmica e considerava essa forma de trabalho muito gratificante, pois lhe possibilitava tocar e mexer com os objetos, vasos, pratos, que usava como suporte para o seu talento. Passou longos anos dedicando-se a isso e o resultado são trabalhos importantes dentro do contexto de sua vida, embora menos valorizados no universo dos museus e menos conhecidos do público. Fez ainda litogravuras e realizou a sua primeira viagem aos Estados Unidos para executar um mural de grandes dimensões que ocupou 9 meses de intenso trabalho. Diversificado, versátil, criativo, Joan Miró deixou um legado inesgotável para estudo e deleite. Criador de novas técnicas nos trabalhos de cerâmica e de uma maneira peculiar de exercer o ofício de pintor, Miró foi premiado, agraciado com títulos e homenageado nos 4 cantos do mundo, superando amplamente todas as dificuldades iniciais encontradas na juventude e no início da idade adulta. Na última fase de sua carreira foi regiamente pago por trabalhos encomendados e colocado na galeria dos grandes artistas da humanidade.
Principais obras de Miró

Pinturas:
- Nord-Sud, 1917 óleo
- Retrato de bailarina espanhola, 1921, óleo
- O Carnaval de Arlequim, 1924, óleo
- Interior holandês (três pinturas em óleo), 1928
- Caracol, mulher, flor e estrela, 1934
- Mulher e pássaros ao amanhecer
- Una estrela acaricia o sonho de uma negra, 1938, óleo
- Azul, 1961, óleo
- Personagem diante do Sol, 1968, pintura em acrílico
- A esperança do condenado a morte, 1974

Esculturas:

-Pássaro lunar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Pássaro solar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Relógio do Vento, 1967 (escultura em bronze)
- A carícia de um pássaro, 1967 (escultura em bronze)
- Cachorro, (escultura em bronze)
- Miss Chicago, 1981
- Mulher e Pássaro, 1983 (escultura em cerâmica)

Marck Chagall

Pintor, gravador e vitralista bielorusso, Marc Chagall nasceu em Vitebsk em 7 de julho de 1887.
Iniciou-se em pintura no ateliê de um retratista local. Em 1908 estudou na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, de quem pintou um retrato em 1909 (Kunstmuseum, Basiléia).
Retornou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris em 1910, ligando-se a Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.
Marc Chagall trabalhou intensamente para integrar seu mundo de fantasias na linguagem moderna, derivada do fauvismo e do cubismo.
Obras importantes desse período são "Moi et le village" (1911; "Eu e a aldeia"), "L'Autoportrait aux sept doigts" (1911; "Auto-retrato com sete dedos"), "La Femme enceinte" (1912-1913; "Mulher grávida"), "Le Soldat boit" (1912; "O soldado bebe").
Quase todos esses títulos foram dados por Cendrars. Coube a Apollinaire escolher as telas que Chagall expôs em 1914 em Berlim, com grande influência sobre o expressionismo de pós-guerra.
Quando explodiu a guerra, Chagall, de volta à Rússia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella.
Irrompendo a revolução socialista de 1917, foi nomeado comissário de belas-artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, entrou em conflito com Malevitch e acabou demitindo-se.
Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro judeu de Moscou.
Retornou a Paris em 1922. Por encomenda do editor Ambroise Vollard, ilustrou a Bíblia e executou 96 gravuras para uma edição de Almas mortas de Gogol, só publicada em 1949.
Em 1927 ilustrou também as Fábulas de La Fontaine (cem gravuras publicadas em 1952). São dessa fase suas primeiras paisagens, bem como quadros que renovaram o tema lírico das flores.
Em 1931 Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou Ma vie (Minha vida), autobiografia ilustrada por gravuras que já haviam aparecido em Berlim em 1923. Em 1933 realizou grande retrospectiva no Kunstmuseum de Basiléia.
A partir de 1935 o clima de guerra e de perseguição aos judeus repercutiu em sua pintura, na qual os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a tomar vulto.
Em 1941 foi para os Estados Unidos, onde em 1944 morreu Bella Chagall, causando-lhe grande depressão. Mergulhou de novo no mundo das evocações e concluiu o quadro "Autour d'elle" ("Em torno dela", Musée National d'Art Moderne, Paris), iniciado em 1937 e que se tornou uma síntese de sua temática. Em 1945 pintou grandes telas de fundo, cenários para o balé O pássaro de fogo, de Stravinski.
Regressou definitivamente à França em 1947. Em 1950 criou vitrais para a sinagoga da universidade hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a catedral de Metz, dos muitos que concebeu a seguir, datam de 1958. Chagall esteve várias vezes em Israel nessa época, desincumbindo-se de várias encomendas.
Na França e nos Estados Unidos, além de vitrais, realizou mosaicos, cerâmicas, murais e projetos de tapeçaria. Em 1973 foi inaugurado em Nice o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall. Em 1977 o governo francês agraciou-o com a grã-cruz da Legião de Honra.
Reconhecido como um dos maiores pintores do Século 20, Marc Chagall morreu em Saint-Paul de Vence, no sul da França, em 28 de março de 1985.

Principais Obras:

• Eu e a Vila, 1911
• O prometido, 1911
• A Chuva, 1911
• Maternidade, 1912
• Paris à Janela, 1913
• Sobre Vitebsk, c. 1914
• Mania cortando o pão, 1914
• O violinista verde, 1923-1924
• A sirene, 1945
• A Praça da Concórdia, Paris, 1960
• Vila cinzenta, 1964
• Cesta de frutas e ananás, 1964
• O círculo vermelho, 1966
• Alegria, 1880
• Canção: A tora vermelha, 1981
• O palhaço voador, 1981

Salvador Dalí:

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha. Desde a infância, Dalí demonstrou interesse pelas artes plásticas. No ano de 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madri. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para o avaliar.
Nesta fase da vida, conviveu com vários cineastas, artistas e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.
Em 1929, viajou para Paris e conheceu Pablo Picasso, artista que muito influenciou a produção artística de Dalí. No ano seguinte, começou a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo.
A década de 1930 foi um período de grande produção artística de Dali. Nesta fase, o artista representava imagens do cotidiano de uma forma inesperada e surpreendente. As cores vivas, a luminosidade e o brilho também marcaram o estilo artístico de Dali. Os trabalhos psicológicos de Freud influenciaram muito o artista neste período É desta fase uma de suas obras mais conhecidas “A persistência da Memória”, que mostra um relógio derretendo.
Em 1934, Dali casou-se com uma imigrante russa chamada Elena Ivanovna Diakonova, conhecida como Gala.
Em 1939, foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando que o artista era muito comercial.
Em 1942, Dali e sua esposa foram morar nos Estados Unidos, país em que permaneceu até 1948. Voltou para a Catalunha em 1949, onde viveu até o final de sua vida.
Em 1960, Dali colocou em prática um grande projeto: o Teatro-Museo Gala Salvador Dali, em sua terra natal, que reuniu grande parte de suas obras.
Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Ficou desidratado e teve que ser alimentado por sonda. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos.
Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.

Principais obras de Salvador Dalí:

• 1922 - Cabaret Scene e Night Walking Dreams
• 1925 - Large Harlequin and Small Bottle of Rum
• 1926 - Basket of Bread e Girl from Figueres
• 1927 - Composition With Three Figures e Than Blood
• 1929 - O Grande Masturbador
• 1929 - Os Primeiros Dias da Primavera
• 1931 - A Persistência da Memória
• 1931 - A Velhice de Guilherme Tell
• 1932 - O Espectro do Sex Appeal,
• 1932 - O Nascimento dos Desejos Líquidos
• 1932 - Pão-antropomorfo catalão
• 1933 - Gala Com Duas Costeletas de Carneiro em Equilíbrio Sobre o Seu Ombro
• 1936 - Canibalismo de Outono
• 1936 - Construção Mole com Feijões Cozidos
• 1938 - España 1938
• 1937 - Metamorfose de Narciso
• 1937 - Girafa em Chamas
• 1940 - A Face da Guerra
• 1943 - Poesia das Américas
• 1944 - Galarina e Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar
• 1945 - A Cesta do Pão
• 1946 - A Tentação de Santo Antônio
• 1949 - Leda Atômica
• 1949 - Madona de Portlligat.
• 1951 - Cristo de São João da Cruz
• 1954 - Crucificação ("Corpus Hypercubus")
• 1956 - Natureza-Morta Viva
• 1958 - Rosa Meditativa
• 1959 - A Descoberta da América por Cristóvão Colombo
• 1970 - Toureiro Alucinógeno
• 1972 - La Toile Daligram
• 1976 - Gala Contemplando o Mar
• 1983 - The Swallow's Tail.

Surrealismo:

Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade.
O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico.
Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle.
A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do
instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.
A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja,
qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam
plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do
ser humano: o subconsciente.

Este movimento possui algumas características obrigatórias para um quadro poder pertencer a tal movimento, tais características são:
- Pintura com elementos surreais
- Formas baseadas na fantasia (sonhos, inconsciente)
- Busca da perfeição do desenho e das cores, dentro da dimensão do imaginário
- Impressão espacial, possuindo ilusões ópticas
- Dissociação entre imagens e legendas, conjugadas para construção de cenas de sonho ou de ironia.
O Surrealismo apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se os dadaístas propunham apenas a destruição, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases. Os surrealistas pretendiam, dessa forma, atingir uma outra realidade, situada no plano do subconsciente e do inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, e nesse aspecto eles se aproximam dos românticos, embora sejam muito mais radicais.

Surgimento e história do movimento surrealista:

O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.
De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.
O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924.
Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica.
Outros marcos importantes do surrealismo foram a publicação da revista A Revolução Socialista e o segundo Manifesto Surrealista, ambos de 1929. Os artistas do surrealismo que de destacaram mais na década de 1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert.
A década de 1930 é conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas, dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se dissolvendo.

ARTES PLÁSTICAS :

Foi através da pintura que as idéias do surrealismo foram melhor expressadas. Através da tela e das tintas, os artistas plásticos colocam suas emoções, seu inconsciente e representavam o mundo concreto.
O movimento artístico dividiu-se em duas correntes. A primeira, representada principalmente por Salvador Dalí, trabalha com a distorção e justaposição de imagens conhecidas. Sua obra mais conhecida neste estilo é A Persistência da Memória. Nesta obra, aparecem relógios desenhados de tal forma que parecem estar derretendo.
Os artistas da segunda corrente libertam a mente e dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controle da razão. Joan Miró e Max Ernst representam muito bem esta corrente. As telas saem com formas curvas, linhas fluidas e com muitas cores. O Carnaval de Arlequim e A Cantora Melancólica, são duas pinturas de Miró que representam muito bem esta vertente do surrealismo.

LITERATURA :Os escritores do surrealismo rejeitaram o romance e a poesia em estilos tradicionais e que representavam os valores sociais da burguesia. As poesias e textos deste movimento são marcados pela livre associação de idéias, frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e muitas imagens e idéias do inconsciente. O poeta Paul Éluard, autor de Capital da Dor e André Breton, autor de O Amor Louco, Nadja e Os Vasos Comunicantes, são representantes da literatura surrealista.


CINEMA:

Os cineastas também quebraram com o tradicionalismo cinematográfico. Demonstram uma despreocupação total com o enredo e com a história do filme. Os ideais da burguesia são combatidos e os desejos não racionais afloram. Dois filmes representativos deste gênero do cinema são Um Cão Andaluz (1928) e L'Âge D'Or (1930) de Luiz Bruñuel em parceria com Salvador Dalí.
TEATRO:

O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu teatro da crueldade. Artaud, buscava através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim despertar o inconsciente da platéia. Um das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e platéia, durante a realização das peças. No livro O Teatro e seu duplo, Arnaud demonstra sua teoria.
Sua obra mais conhecida é Os Cenci de 1935, onde ele conta a vida de uma família italiana durante a fase do Renascimento.
Nas décadas de 1940 e 1950, os princípios do surrealismo influenciaram o teatro do absurdo.

O SURREALISMO NO BRASIL:

As idéias do surrealismo foram absorvidas na década de 1920 e 1930 pelo movimento modernista no Brasil. Podemos observar características surrealistas nas pinturas Nu e Abaporu de Ismael Nery e da artista Tarsila do Amaral, respectivamente.
A obra Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife, do artista pernambucano Cícero Dias, apresenta muitas características do surrealismo. As esculturas de Maria Martins também caminham nesta direção.

Conclusão:

Resumimos com a Leitura deste a importância do movimento surrealista para o meio artístico. A sua criação teve grande influencia dos estudos Freud e sua psicanálise, por isso o subconsciente os sonhos e o imaginários são as caracterizas mais importantes nesse movimento.
Vimos um resumo da vida dos principais artistas do surrealismo, e como a vida deles foram conturbadas e cheias de traumas, talvez isso até tenha contribuído para eles se tornarem os gênios desse movimento artístico, com suas obras irreverentes eles realmente se destacaram, principalmente quem era considerado o mestre do surrealismo: Salvador Dalí.


Bibliografia:
http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=miro
http://www.pitoresco.com/universal/miro/miro.htm
http://www.suapesquisa.com/biografias/joan_miro.htm
http://www.allposters.com.br/gallery.asp
http://www.ocaiw.com/catalog/index.php

 
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